CAMINHO FRANCISCANO \ ITALIA



Caminho que Francisco e seus frades
tantas vezes percorreram entre 1205 e 1209.



Com extensão de 350 quilômetros entre;


La Verna a Poggio Bustone.


Podendo ser percorrido: a pé, de bicicleta ou a cavalo.

É o caminho da alegria ... (Palavras da peregrina Carmem), também de encontro com a natureza, a paz, o Criador e sua criação.
Percorre-lo é caminhar sobre os passos do santo é retornar a origem de nossa alma, ir ao encontro do que há de mais puro em nós, é contemplar locais e santuários que há séculos inspiraram o amor pela natureza, a simplicidade da criação e a humildade do Coração de São Francisco, tornando-o e nos tornando

"Loucos do Amor".



Percurso total - 350 Km.
Previsão total de dias: 16
Dificuldade: Média\ Alta- região montanhosa

Do eremo de La Verna ao eremo di Cerbaiolo 27 km. 8 horas
Do eremo de Cerbaiolo a Sansepolcro 29 km. 9 horas
De Sansepolcro a Città di Castello 27 km. 8 horas
De Città di Castello a Pietralunga 29 km. 8/9 horas
De Pietralunga a Gubbio 27 km. 8 horas
De Gubbio a Biscina 22 km. 6/7 horas
De Biscina a Assisi 27 km. 8 horas
De Assisi a Spello 24 km. 7 horas
De Spello a Trevi 14 km. 4 horas
De Trevi a Spoleto 18 km. 5 horas
DE Spoleto a Romita di Cesi 28 km 9 horas
De Romita di Cesi a Collescipoli 15 km. 5 horas
De Collescipoli a Stroncone 23 km. 6 horas
De Stroncone ao santuario di Greccio 13 km. 4/5 horas
Do santuario de Greccio a Rieti 26 km. 6/7 horas
De Rieti ao santuario di Poggio Bustone 18 km. 6 horas



Informações básicas para peregrino solitário;



As melhores épocas são em Maio - primavera e Setembro - Outono


O custo aproximado ao dia é de 90 euros dia, sobre o caminho aconselho que somente os peregrinos com prática e conhecimentos em trilhas e mapas devem  percorrer sozinhos, pois por volta ou outra as sinalizações se perdem e vai valer de seus conhecimentos na hora.


Sugerimos que o peregrino leve consigo, mapas da regiâo, GPS, celular para qualquer eventualidade.


É um caminho com vàrios tipos de trilhas; terra, cascalho,bosque, travessia de algumas margens de rio,onde vc encontra poucos peregrinos, normalmente ficando estes encontros concentrados mais nos albergues, é aconselhável telefonar sempre de véspera para saber das disponibilidades e reserva de leito nas hospedagens


Grau de dificuldade: media\alta é uma região motanhosa e que exige do peregrino um bom preparo físico para as subidadas, é importante levar uma mochila com no maximo 10 quilos, o ~cajado também é importante para as subidas e descidas. 


Tem que levar saco de dormir pois algumas hospedagens não oferecem roupa de cama e toalha de banho.



Informações uteis de peregrinos que já percorreram o caminho por conta própria;

De: Luiz Carlos Marques Silva

Gostaria de passar algumas informações para os peregrinos que pretendem percorrer o Caminho de São Francisco (Itália) independentemente. Falo aqui do caminho projetado por Ângela Seracchioli, que liga La Verna a Poggio Bustone.

É possível agora fazer uma avaliação melhor deste caminho, pois além da minha vivência, em setembro de 2009, já tive a avaliação de outros peregrinos que percorreram o caminho independentemente, posteriormente.

O caminho é bonito e todos que o fazem não se arrependem, mas é um caminho difícil. A região é montanhosa e em alguns dias sobe-se bastante.

O caminho é bem servido em opções de hospedagem (conventos, mosteiros e hotéis).

O caminho é sinalizado com a letra "tau" e setas amarelas. Mas, infelizmente, a sinalização é deficiente em alguns lugares (principalmente depois de Assis). Como a Angela praticamente não tem verba para cuidar da sinalização, ela depende da boa vontade de voluntários. Com isso, em certas épocas a sinalização fica abandonada e deficiente. O "tau" da Ângela convive, em praticamente todo o percurso, com o faixa vermelha e branca, do Clube Alpino Italiano, e com as placas da Via Francigena de São Francisco.

Na ausência, eventual, do "tau" minha sugestão é seguir as placas da "Via Francigena de São Francisco", que acabam levando para os mesmos lugares.

As faixas "vermelho e branco" do Clube Alpino também podem ser seguidas, mas elas fazem parte de diferentes caminhadas dentro da Itália (em certos lugares podem bifurcar).

A sinalização é praticamente inexistente dentro das cidades (para não prejudicar os monumentos).

O guia da Ângela resolve parte das dificuldades com a sinalização, pois tem mapas, hospedagens, informações culturais e descreve a trilha. O guia existe em italiano, alemão e tedesco. Mapas de alta definição (que os europeus costumam usar) também podem ajudar.

Mesmo diante desse quadro, as pessoas que foram independentemente, acabaram resolvendo os problemas sem grandes dificuldades. Por isso, é importante não ir sozinho.

Uma informação: Via Francigena de São Francisco é uma sinalização do departamento de turismo de Florença, que sai de Florença e encontra o caminho da Ângela ali pela segunda ou terceira etapa, e depois segue, praticamente sempre junto. Eles não fornecem mapas, guia ou opção de hospedagem.

Os 370 km do caminho não devem ser percorridos em menos de 16 etapas. Minha sugestão é faze-lo em 20 etapas, colocando mais um ou dois dias para visitar Assis. As distâncias curtas são enganosas, principalmente quando escondem montanhas muito altas. Além disso, é fundamental chegar relativamente cedo nas cidades para se ter tempo de encontrar o local da hospedagem e visitar a cidade.

Concluindo, eu diria: o caminho pode ser percorrido independentemente, desde que o peregrino seja experiente, tenha um bom domínio da língua italiana, tenha em mãos o guia e mapas e tenha tranqüilidade diante das eventuais dificuldades que possam surgir na sinalização.


De :Paulo Roberto Penachio
"O Caminho tem um visual lindíssimo, paisagens diferentes daqui e mesmo de Santiago Compostela, pois a região é montanhosa com vales profundos e tem um relevo mais acidentado, como conseqüência muitos trechos pesados, que devemos nos preparar melhor, mas dá para encarar.


A sinalização não estava muito legal em alguns trechos, mas com um pouco de experiência que vocês tem, não terão dificuldade, em alguns trechos segui a orientação do Luiz Carlos, seguimos as placas da Via Francigena de São Francisco (Amarela e azul)


A infra-estrutura não está ainda muito adequada, e a receita é sempre ligar antes de sair e deixar reservado a parada seguinte.


Tem lugares que tem muitos outros hotéis e pousadas além das mencionadas nos roteiros que recebemos, mas tem outros que tem somente aquele lugar, em fim, tem que acertar antes para não ter problema. Sempre pedimos para o hospedeiro onde estávamos ligar e reservar, eles fazem isso numa boa, a menos que vocês dominem muito bem o italiano, mas mesmo assim deixem eles ligar, eles estão no mesmo ramos e falam a mesma língua em todos os sentidos.


As cidades são de todos os tipos, lugarejos, cidades históricas lindíssimas, grandes cidades, etc. não diferem muito de Santiago, mas num contexto de paisagem totalmente diferente. Assis é bela e bem preparada para o Turismo, assim como Gubbio, e outras.


A Toscana é muito bonita.


Tivemos problemas com dois dos integrantes da turma, que nos acompanharam de táxi, ônibus e trem até a cidade mais próxima por alguns dias, depois voltaram a andar e fomos levando assim, eu graças a Deus caminhei todos os dias.


Tivemos que pular duas etapas, pois não conseguimos contato para dormir e o lugar só tinha aquela opção.


A aventura foi maravilhosa, pesada, mas com recompensas mil, a comida muito gostosa, vinho nem se fala.


No final, ficamos uma semana em Roma apreciando as belezas da cidade eterna."


Um abraço


Paulo Roberto Penachio